A atriz de 'Além do Tempo' acredita que os filhos devem ser livres e lembra que seu pai foi contra quando ela decidiu atuar.
Em Além do Tempo, Zilda é uma mulher que se mostra um tanto quanto possessiva. Pela forma com que Vitória (Irene Ravache) trata Lívia (Alinne Moraes), a governanta sente um ciúme infantil, sem motivo real. Já com Afonso
(Caio Paduan), é uma mãe intrometida e acaba não deixando o filho tomar
as próprias decisões. Vivendo no universo dessa mulher durona, Nívea Maria
avalia o comportamento de sua personagem: “Eu a acho excessiva. Zilda é
tão rígida no que quer para a vida de Afonso, que ela invade os
sentimentos dele e erra muito”.
Mãe de três filhos (Edson, Viviane e Vanessa) e avó de três netos (João
Luiz, João Pedro e Maria Luiza), a atriz em nada se parece com a braço
direito da Condessa, no quesito maternidade. "A mãe que eu sou é
totalmente diferente. Tenho muito respeito pelos filhos que criei. Fui
até um ponto em que eu dava as regras do jogo, de como tinha que ser,
mas, a partir de determinado momento, eles foram viver a vida deles.
Você tem que ter cuidado e respeito pelas escolhas dos filhos que criou.
A vida deles, eles que estão vivendo, assim como eu vivi a minha vida”,
reflete.
Foi a experiência como filha, porém, que transformou a atriz nesse tipo
de mãe. “Quando escolhi a profissão, houve uma rejeição. Tive que fazer
escondida, porque meu pai não queria que eu fosse atriz. Ele não
respeitava, mas, depois de um certo tempo, quando viu que eu soube
administrar e direcionar o meu trabalho de uma forma honesta, que deu
certo, ele passou a respeitar a minha escolha. Mas isso custou, foi
difícil”, lembra Nívea, que iniciou a carreira aos 17 anos. “Se segurar
para não interferir na vida dos outros é um exercício que a mãe tem que
fazer sempre com os filhos”, completa.
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